Eu ainda me lembro daquele 08 de dezembro de 1980. Eu nunca tinha perdido nenhum amigo ou parente próximo e atribuia a isto a dor que eu sentia pela perda de um amigo que eu jamais conheci, que nem sabia que eu existia e que morava tão longe...
Depois eu descobri que aquela dor tinha uma simbologia bem maior do que a simples perda de um ente querido. Perder aquele ídolo que me deu tanta alegria e me ensinou tanto sobre a vida naqueles meus quatorze anos de idade - através das letras de suas canções - e que me ensinou uma língua estrangeira e uma profissão, simbolizava que um pouquinho de mim morria junto, além daquela esperança beatlemaníaca de que, um dia, os caras ainda tocariam juntos outra vez.
Hoje fazem trinta anos que John Lennon faleceu. Porém, é bem verdade que um ídolo nunca morre. Basta eu lhe dizer que nestes trinta oitos de dezembro, eu jamais deixei de lembrar dele e de rezar para que ele tenha encontrado a Paz que ele sempre procurou aqui na nossa terrinha. Basta você olhar de lado e ver que a sua obra está ainda mais viva e importante do que era naquela época, agora remota. Um verdadeiro artista nunca morre. Então, o que dizer de um músico, um poeta, um líder, um ídolo na acepção da palavra? John Lennon era um multimídia de sentimentos. Podia nem saber o que era um canal da arcaica mesa de som que gravava o som dos Beatles, mas sabia muito bem o que produzir para gravar naqueles canais e encantar todo o mundo, mudar a cabeça das pessoas.
Eu poderia escrever várias laudas sobre John sem nem citar os Beatles. Mas acho que tudo já foi dito e eu correria o risco de ser prolixo. Por isso, vou deixar que ele mesmo se homenageie... Ouça hoje pelo menos uma canção de John Lennon e preste assim uma homenagem ao nosso maior ídolo: o homem John, o pai de Julian e Sean, o marido de Yoko e Cinthia, o líder dos Beatles. O autor, o compositor, o cantor, o ativista...
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